terça-feira, 1 de outubro de 2013

Reflexões no Ensino de Ciências...


Olá colegas,

No ensino de ciências é importante ressaltar que a aprendizagem não ocorre somente pela assimilação mecânica dos conteúdos, é preciso ensinar o aluno a "pensar ciências", levar em consideração suas vivências e sua cultura, dar abertura para que possam "falar", desenvolver boas relações dialógicas, para que os alunos adquiram confiança e aprendam a argumentar, ao instigar a curiosidadade para o tema, o professor que é o mediador da aprendizagem dá abertura para isso e além de formar cidadãos críticos e conscientes, torna o ensino de ciências mais significativo.
 
Estudando,  Novos Suportes, antigos temores: Tecnologia e Confronto de Gerações nas Práticas da Leitura e Escrita, decidi compartilhar com vocês parte dele:
..."A leitura não é um o ato solitário, mas é o encontro com muitas vozes que ecoam no texto de um escritor e que só terão oportunidade de se manifestar através do encontro marcado entre leitor e texto. A leitura é a comunhão do momento em que o indivíduo isolado se vê diante da possibilidade de reconhecer a sua inserção na história. (... ) O professor nem sempre se dá conta de que estamos diante de uma transformação dos processos de aprendizagem de leitura e escrita e da produção de conhecimento que aponta para um redimencionamento da cultura, um desafio para todos que enfrentam e partilham este momento histórico. Não se trata de usar ou não tecnologias ou de expandir antigas formas de ensino-aprendizagem, ou ter a mídia na escola como forma de amenizar o tédio do ensino, mas se trata de um modo radicalmente novo de inserção da educação nos complexos processos de comunicação na sociedade atual." Educação@pós-modernidade: ficções científicas & crônicas do cotidiano. Martin-Barbero, e Solange Jobim Souza.2003.LETRAS.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

MGME - CIÊNCIAS
Situação de Aprendizagem construída  e apresentada no Núcleo Pedagógico  -  DER Leste 1 da SEE do Estado de São Paulo 
em 09.Agosto de 2013.

Tutor: Sidney Cabral Lourenço

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM


Órgãos dos Sentidos
Subtema: Olfato e Paladar
Tempo: 4 aulas
Público Alvo: 9º Ano

Competência:  Grupo II – Realizar         Habilidade:  H 06

Competências e Habilidades:
  • Ler e interpretar textos;
  • Buscar informações em artigos e relacionar os dados com o cotidiano;
  • Responder perguntas de forma objetiva;
  • Argumentar e emitir opiniões quando solicitado;
  • Identificar e explicar os mecanismos básicos funcionamento do olfato e paladar e sua relação com o sistema nervoso;  .
  •  Identificar e reconhecer  na estrutura da língua áreas de percepção dos diferentes sabores;
  • Reconhecer a atuação do Olfato em conjunto com o Paladar;
  • Identificar, reconhecer e analisar o impacto do envelhecimento sobre os funcionamentos dos órgãos dos sentidos;
  •  Reconhecer as dificuldades dos deficientes visuais que potencializam a ação dos outros órgãos do sentido.

Estratégia ( Sondagem):
Para dar início ao conteúdo utilizar o trecho do filme Cidade dos Anjos
Tem gosto de pêra.

 Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=cqHGqcK4Xw8 > Acesso em 30 ago. 2013.
Após essa etapa, o professor irá instigar o alunando à uma discussão sobre o tema abordado  no filme, onde         cada um irá expor relatos  conhecimentos prévios, sobre o sabor de alguns alimentos, comparando com o que observaram no vídeo em relação ao paladar.

Problematização (desafio):
O professor irá questioná-los da seguinte forma:
·         Como é percebido os sabores dos alimentos na boca? Qual estrutura é responsável por isso?
·         Quais sabores são possíveis sentir na boca?
·         Por que acontece a produção de saliva ao se pensar em um alimento no qual apreciamos?
·         Quando estamos resfriados, conseguimos sentir  o cheiro e os sabores dos alimentos?
·         Com os olhos fechados, você consegue identificar aromas e  sabores?
·         Você sabia que o paladar do idoso se modifica?
·         Memória tem cheiro? Porque se diz “isto  ou aquilo tem cheiro de infância?”

Registrar na lousa os questionamento e respostas coerentes dos alunos aproveitando-as para elaboração de um questionário. Em seguida, iniciar uma atividade experimental em grupo, onde os alunos irão  sentir o aroma alguns alimentos e degustar outros previamente escolhidos para identificar em qual local parte da língua o sabor é sentido, anotar os dados em uma figura que contenha as estruturas da língua e apontar as regiões responsáveis por cada sabor, degustando alimentos  doce, salgado, azedo e amargo e o seu relacionamento com o sistema nervoso. O resultado dessa atividade será socializado entre os demais grupos para que haja uma comparação dos resultados obtidos.


Busca de dados de forma diversificada:
Apresentar  artigos e conteúdos:
·          Olfato e Paladar. Disponível em:
Acesso em 30 ago. 2013.,
·         Terceira idade: mudanças dessa fase afetam paladar, equilíbrio e até o olfato” de Carolina Serpejante. Disponível em < http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/16600-terceira-idade-mudancas-dessa-fase-afetam-paladar-equilibrio-e-ate-olfato > Acesso em 30 ago 2013.


Olfato
Podemos adivinhar o que está no forno apenas pelo cheiro que sentimos no ar da cozinha. Esse é o sentido do olfato. Partículas saídas dos alimentos, de líquidos, de flores, etc. chegam ao nosso nariz e se dissolvem no tecido que reveste a região interna do teto da cavidade nasal, a mucosa olfatória. Ali a informação é transformada, para ser conduzida, através do nervo olfatório, até o cérebro, onde será decodificada.


A capacidade do nosso olfato é significativa. Podemos distinguir milhares de odores diferentes e identificar substâncias que têm cheiro forte, mesmo quando muito diluídas. Em relação ao sentido do olfato de outros animais, o nosso não pode ser considerado um dos mais desenvolvidos. O cachorro, por exemplo, tem o olfato muito mais apurado.

Paladar
Mesmo com os olhos vendados e o nariz tapado, somos capazes de identificar um alimento que é colocado dentro de nossa boca. Esse sentido é o paladar. Partículas se desprendem do alimento e se dissolvem na nossa boca, onde a informação é transformada para ser conduzida até o cérebro, que vai decodificá-la. Os seres humanos distinguem as sensações de doce, salgado, azedo e amargo através das papilas gustativas, situadas nas diferentes regiões da língua.



Para sentirmos os diferentes sabores, os grupamentos atômicos dos alimentos são dissolvidos pela água existente em nossa boca e estimulam nossos receptores gustativos existentes nas papilas.


Atuação do olfato em conjunto com o paladar
Quando mastigamos uma goiaba, também sentimos o cheiro que ela exala. Isso ocorre porque as partículas da substância que compõe a fruta – a essência – são captadas pelo sentido olfativo. O fato que podemos detectar pelo olfato a essência da fruta nos possibilita identificar o sabor da goiaba. É pelo olfato que identificamos os sabores específicos, por exemplo, da pêra e da goiaba, mesmo ambas sendo doces. Quando ficamos gripados, podemos constatar a atuação conjunta do olfato e do paladar. Um dos sintomas da gripe ou do resfriado é a produção de muito muco pelo nariz. Isso dificulta a circulação de ar (que carrega as partículas das substâncias) pela cavidade nasal. O ar não chega as células olfativas, prejudicando a percepção dos cheiros. Nessas ocasiões temos a percepção de que os alimentos, até os mais saborosos, perderam o gosto.



Distúrbios do Olfato e Paladar
http://www.isaudebahia.com.br/noticias/detalhe/noticia/a-comida-esta-sem-gosto-entenda-as-causas-dos-disturbios-do-olfato-e-do-paladar/ 
 Modificações do Paladar na Senescência

A partir dos 60 anos, é comum ocorrer no idoso uma diminuição na capacidade de perceber gostos doces e salgados dos alimentos, enquanto os sabores ácidos e amargos se mantêm inalterados. "Isso acontece devido à atrofia das papilas gustativas que são responsáveis pelo paladar", diz o geriatra Roberto Dischinger, responsável pelo residencial para a terceira idade Lar Sant'ana. Outro fator que também pode alterar o paladar é o uso de certos medicamentos. O especialista afirma que é esse é o motivo porque os idosos tendem a acrescentar mais sal ou açúcar aos alimentos. "Uma alternativa é acrescentar temperos naturais aos pratos, tais como alho, cebola, cheiro verde, orégano e manjericão, que realçam o sabor dos alimentos e eliminam essa dificuldade", afirma a nutricionista Flavia Medeiros Leite, coordenadora do Programa Crescer e parte da equipe multidisciplinar do Lar Sant'ana. "É importante também que o momento da refeição seja atrativo, com pratos variados e balanceados, pois com a diminuição do paladar o idoso tende a diminuir a ingestão de alimentos, podendo ficar com um quadro de desnutrição”.


Sistematização:
Nesta etapa, socializar resultados possibilitando a aprendizagem significativa.


Avaliação:
A avaliação deve ser realizada durante todo o processo de forma contínua, levando em consideração os registros das aulas, o desempenho, participação individual e coletiva e a capacidade de organização dos mesmos ao apresentarem conclusões, bem como a argumentação e construção dos textos na resolução do questionário e conclusão do experimento.

Referências Bibliográficas:

São Paulo. Secretaria da Educação. Currículo de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 2011.
Olfato e Paladar. Disponível m            < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sentido5.php >. Acesso em 30 ago. 2013.
Tem gosto de pêra. do filme Cidade dos Anjos. Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=cqHGqcK4Xw8 > Acesso em 30 ago. 2013.
Terceira idade: mudanças dessa fase afetam paladar, equilíbrio e até o olfato Disponível em < http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/16600-terceira-idade-mudancas-dessa-fase-afetam-paladar-equilibrio-e-ate-olfato > Acesso em 30 ago 2013.
Imagem estrutural da língua. Disponível em < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sentido5.php>. Acesso em 30.Ago.2013.

Componentes do Grupo:

Amélia Moraes Viana
Deisi Marchetti Silva
Denise M. B. Moraes
Érika Garcia
Marilda Ordonhes


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Relato da Profa. Mariana Barbosa ao Fórum do MGME - Ciências 2013, a respeito de suas experiências com a leitura e escrita:


Minhas experiências com leitura e escrita se deram ainda quando muito criança, meus pais faziam leituras de livros infantis dos quais fui crescendo e tomando o gosto. Certas histórias me são relevantes ainda nos dias de hoje onde lembro que foi assim que tudo começou e sinto a necessidade de despertar esse mesmo interesse nos alunos. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, gostava muito de ler e contar histórias, não  esqueço de um trabalho onde a professora nos sugeriu a leitura do livro "Meu pé de laranja lima" e que a partir deste tivemos que discutir sobre o livro, foi muito interessante e cada dos alunos teve a oportunidade de expor seu ponto de vista sobre o livro. Tive a oportunidade estudar em uma escola onde tinha uma biblioteca com um  grande acervo de livros  e o mais importante,  o incentivo a leitura, e acredito que nos alunos tenham que ser de maneira semelhante para que se sintam despertadas para adquirir o hábito de ler e escrever, levando em consideração a tecnologia que temos disponível nos dias de hoje trazendo as suas inovações ao nosso favor , pois não temos como fugir disso, nossos alunos já nascem incluídos num mundo tecnológico.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Experiências com a Leitura e Escrita que ficaram na memória...

O Cheiro de Livros me fascina...

Passei minha vida inteira rodeada de livros, leio tudo o que cai em minhas mãos, até bula de remédio. Este gosto pela leitura e escrita herdei do meu pai, filho de imigrante espanhol, que para driblar as dificuldades com a língua portuguesa e a pouca escolaridade, “devorava” tudo o que lhe caía às mãos, livros, jornais, folhetos, mas sua paixão eram os poemas e passou sua vida inteira declamando, declamando, poemas  estes que de tanto ouvi-los, muitos eu guardo e sei decor. Aprendi a ler e escrever aos 5 anos de idade, com a cartilha “Caminho Suave” observando minha mãe ensinar minha irmã mais velha que estava na 1ª.série e que por dificuldades  com a pronúncia de sílabas complexas, via-se obrigada a repetir muitas vezes a mesma leitura, o mesmo aconteceu com a tabuada. Também com meu pai, aprendi técnicas de oratória e passei então a declamar em reuniões familiares, festinhas de escola, igreja e outros locais inusitados, fiz isto até a adolescência, quando me tornei tímida, nesta época tinha um diário desses com cadeado e um caderno de poesias onde ensaiava algumas próprias e escrevia minhas preferidas, como a de Rui Barbosa:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se 
os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra,
e ter vergonha de ser honesto.”
Os livros marcaram cada fase da minha vida, aos 12 anos, O Pequeno Príncipe, aos 18, Feliz Ano Velho de Marcelo Rubens Paiva e muitos do Sidnei Sheldon, quando meus meninos eram pequenos, lemos em família, parágrafo por parágrafo de Júlio Verne, Viagem ao Centro da Terra, a partir daí vieram os de Içami Tiba, Zíbia Gasparetto, Zélia Gattai, Jorge Amado, Paulo Coelho e muitos outros. Nunca me preocupei se são ou não os mais vendidos, leio o que me indicam há pouco tempo terminei de ler , O Último Templário de Raymond Khoury.




A importância de questões no desenvolvimento do conhecimento científico em sala de aula tornou-se uma abordagem importante no ensino de Ciências, particularmente por promover uma contextualização do conceito a ser aprendido.

Olá pessoal,

Leciono há alguns poucos anos, quando me deparei com a realidade de uma sala de aula,  confesso que fiquei muito assustada com o desinteresse e a falta de compromisso dos alunos, na tentativa de fugir das tão somente “cópias”, comecei a instigar os alunos com questionamentos do cotidiano, forçando-os a pensar, “falar” e argumentar sobre suas experiências, para a partir daí lançar o conteúdo, com leitura e interpretação de texto, levantamento de dados, elaboração de sínteses, fichamentos e questionários. Esta introdução desperta o interesse e deixa as aulas mais dinâmicas e rica em relatos, podendo-se trabalhar com questões ambientais, de saúde e sociais, com a história e textos científicos, sempre pensando na que faixa  destinada, pois estes textos não podem ser muito longos.  
No início deste ano, os nonos anos foram ao Catavento Cultural e o Nano Mundo chamou a atenção  da maioria deles, passamos a analisar o texto “A Revolução do Minúsculo” que trata sobre Nanotecnologia, após a leitura foram destacados o vocabulário para pesquisa, a partir daí, o texto foi dividido e grupos passaram a produzir a síntese de cada parte e depois socializado na forma de seminário.  
O texto “Leitura e Escrita nas aulas de Ciências, de Patricia Montanari Giraldi (2010)”, nos faz refletir sobre as várias formas de  transmitirmos os conteúdos desta disciplina e que não importam como são abordados, seja através de textos científicos, livros didáticos ou paradidáticos ou ainda discursos ou textos livres, mas sim,  como os alunos são conduzidos a construir  à aprendizagem, o professor deve organizar as sequências didáticas, estimular a curiosidade e a criatividade, incentivar pesquisas e relatos sobre suas experiências, enfim, criar possibilidades para que seus alunos possam desenvolver as competências da leitura, escrita além da análise, interpretação e compreensão do texto de forma crítica e autonoma.
 “A aprendizagem só é possível se o sujeito se mobilizar e for motivado a aprender.” CHARLOT (2005)

Um abraço a todos.
Marilda Ordonhes
   MGME - Melhor Gestão Melhor Ensino
Formação de Professores de Ciências - 2013

Este blog foi criado para atender aos objetivos do Curso de Formação de Professores, promovido pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo, MGME - Melhor Gestão Melhor Ensino de Ciências, que faz parte do Programa Educação Compromisso de São Paulo.

terça-feira, 25 de junho de 2013

A grande biblioteca virtual


Este é o momento de refletirmos sobre o ato da leitura.Cada um de nós é formado pelas experiências que adquire ao longo da vida, inclusive as de leitura e escrita.Alguns livros nos marcam tanto que ficam para sempre guardados em nosso espírito. De cada um deles restam uma impressão e uma memória.Veja o que escreveu o jornalista Fernando Bonassi sobre o assunto.


FERNANDO BONASSI

O que dizer por todos esses livros no zoológico das estantes?
Livros são animais sexuados: livros são metidos, livros são gestados, livros são paridos. Livros crescem, como meninos. Livros sangram, como meninas. Livros infantis com ideias de aprendiz. Livros de aventura pra estimular a travessura. Livros de iniciação pras pessoas em formação. Todo livro é um livro da vida (mesmo os livros de contabilidade, que são livros de dívidas). Livros de poesia controlam a azia. Livros de História fortalecem a memória. Livros de viagem aperfeiçoam a paisagem. Livros de religião aumentam a devoção. Livros de química servem pra misturar. Livros de teste, pra confundir. Livros de lógica, pra entender. Livros didáticos, pra explicar. Livros revolucionários são livros vermelhos espetados no ar. Livres pra reclamar, livros de arrepiar!
Mas... com quantos livros se faz uma pessoa?
Livros de tabuada pra conta calculada. Livros de autoajuda praquilo que não muda. Livros de lazer pra quem tem muito o que fazer. Livros de direito pra homens de respeito. Livro de reza quando a coisa pesa. Livros em liquidação para leitores sem condição. Livros de oratória, livros de ortografia, livros de culinária, livros de psicologia. Livros em orgia. Livros pornográficos levados pra cama. Livros de etiqueta pra pôr a mesa. Livros sádicos. Livros trágicos. Livros míticos. Livros pro alimento do espírito e dos editores. Livros pra vaidade dos escritores. Livros especiais. Livros espaciais. Livros de colecionadores. Livros de informática são livros de computador. Livros de condolências são livros cheios de dor. Livros ensinam a ler. Livros pro humor. Livros pra quem quiser ver. Livros loucos pra saber. Livros com ilustração auxiliam a compreensão. Livros beijados, livros mordidos. Livros apalpados, livros espremidos. Livros lambidos como frutos escorridos. Livros embebidos. Livros embevecidos. Livros abraçados como casais apaixonados. Livros são romances cultivados. São feridas, são repastos. Livros passados de mão em mão, como boas biscas. Livros de arte. Livros de artistas. Páginas arrancadas sem vergonha, livros fumados com maconha. Livros de piada. Sacos de risada. Palavras cruzadas e frases alinhavadas. Livros depenados. Livros invocados. Livros em conflito. Páginas de livros processados em juízo. Livros censurados. Livros permissivos. Os livros das sopas, os livros dos sonhos, o livro dos molhos. Livros molhados nos clubes de livros. Livros de ocorrência. Livros policiais. Livros de referência. Livros originais. Livro pra orientação num universo em expansão. Livros equivocados. Livros inquisitivos. Livros engavetados. Livros recolhidos. Livros esmagados nos ônibus lotados. Livros encoxados, livros encolhidos. Livros espalhados por baixo dos estrados. Livros deflorados. Livros chacoalhados. Livros escondidos. Livros arremessados nos divórcios acalorados. Livros feito espadas. Livros como escudos. Livros que berram e livros que são mudos. O pior livro de cego é aquele que não quer se ler. Livros na ponta da língua. Livros com a ponta dos dedos. Livros engrossam, como rapazes. Livros melhoram, como mulheres. Livros murchos, livros sujos, livros finos. Livros como manda o figurino. Livros de moda. Livros em falta. Livros de sobra. Livros que cheiram bem e livros que cheiram mal (livros de renúncia fiscal). Livros roubados. Livros comprados. Livros vendidos. Árvores de livros abatidos. Livros de cabeceria. A fertilidade dos livros de madeira. Livros exibidos como corpos oferecidos. Livros safados. Livros falados. Livros sorvidos. Livros conservadores nas gavetas dos doutores. Livros emocionais pra cólicas menstruais. Livros de regime. Livros de política. Livros de ótica. Livros de crítica. Livros diários são livros crônicos, são livros cômicos, são livros tônicos. Dicionários de livros explicados. Raciocínios apalavrados. Teses de mestrado. Bolsas de livros financiados. Tomos, tombos, citações. Parágrafos, capítulos, correções. Publicações, polêmicas, opiniões. Livros importados. Livros transportados. Livros traduzidos. Livros encomendados, livros encarecidos. Livros encardenados como faraós embalsamados. Livros aposentados. Livros comentando livros. Livros lavrados em cartórios hereditários. Livros aplicados e homens especializados. Diplomas de livros emparedados. Livros emparelhados. Bibliotecas de livros amontoados. Sebos empoeirados. Livros decorados são livros encruados são livros mal comidos. Livros devorados por vermes aculturados. Livros bichados. Livros suados. Livros vencidos. Caixas e caixas de livros caixa. Arquivos mortos em pandemônio, as fortunas dos livros de patrimônio. Livros de capas trocadas, capas disfarçadas, capas ofensivas. Livros de capas ousadas. Capas proibidas. Os livros contra capas. Os lidos pelas costas. Livros sádicos, livros cínicos, livros mágicos. Livros lívidos, livros épicos, livros bíblicos. Livros lidos como vícios. Livros de sacrifícios. Todo homem é um livro aberto. Todo livro acha que é certo. Escreveu, não leu, continua sendo livro.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2503200321.htm>
Acesso em: 25/06/2013.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Aula Prática  - Poliedros

PLANO DE AULA

Tema Poliedros  - Icosaedro Truncado  e Dodecaedro
Bloco TemáticoEspaços e Formas
Público-Alvo -   9º.ano
Tempo Estimado:  3 aulas
Docentes: Elis Regina Fontes e Marilda Ordonhes
Coordenação Pedagógica: Enilton Luiz dos Santos
Unidade Escolar: E.E.Irene Branco da Silva - DE Leste 1


Justificativa 
Os poliedros são formas geométricas espaciais que apresentam todas as faces planas. São consideradas espaciais por apresentarem três dimensões (comprimento, largura e altura). Essas formas espaciais estão presentes no mundo a nossa volta e são estudados pela matemática através da geometria. Eles possuem características e propriedades muito importantes para sua compreensão. 
            O Icosaedro Truncado tem o formato de uma bola de futebol,  é um sólido de Arquimedes, obtido por truncatura sobre os vértices do Icosaedro. Tem 12 faces pentagonais regulares,  20 hexagonais regulares, 60 vértices e 90 arestas. Foi escolhido, por estarmos recebendo a Copa das Confederações em nosso país e também nos preparando para receber a Copa do Mundo, além de ser há muitos anos um dos brinquedos mais vendidos é a  paixão entre crianças e adultos.
            O mais harmonioso e soberano dos sólidos Platônicos é o dodecaedro que, segundo Platão, representa o Universo ou o Cosmos. É constituído por doze pentágonos e não se divide em outros poliedros regulares. Possui 30 arestas, 20 vértices e 12 faces pentagonais. 

Objetivos
Estudar Geometria formas planas e espaciais, relacionando o tema com o cotidiano e despertar o interesse em observar o meio relacionando-o com a matemática.

Competência: Grupo I – Observar

Habilidades: H16, H18 e H20

Conteúdo 
ü  Aula expositiva abordando elementos de um poliedro Vértice, Face e Aresta e o   reconhecimento dos sólidos geométricos planificados Hexágono e Pentágono;
ü       Problematização prática.

Estratégias  Construção de dois sólidos geométricos (dodecaedro e icosaedro truncado (bola de futebol).

Recursos 
ü  Texto com a narrativa A Bola de Futebol;
ü  Cópia de modelos de figuras geométricas planas;
ü  Cópia do modelo planificado do icosaedro truncado;
ü  Cópia do modelo planificado do dodecaedro;
ü  Tesoura, régua, cola branca, papel color set e carbono.

Desenvolvimento –
Narrativa: A bola de futebol
O que seria do futebol sem a bola? Quem nunca chutou uma bola de papel ou de meia nos corredores da casa, na rua ou da escola? Será que a bola de futebol sempre foi essa beleza que, geralmente, vemos nos campeonatos? Afinal, o que é a bola? O formato da bola sempre foi esférico. Entretanto, nem sempre conseguiram deixá-la com esse formato, no início as bolas eram trazidas da Europa, elas consistiam em uma amarração de couro, com um buraco, para introduzir uma câmara de ar inflável, que posteriormente, era costurado com um cordão que não era muito confortável, principalmente, quando o jogador tinha de cabeceá-la. Em pouco tempo os sapateiros brasileiros começaram a produzir bolas, tanto para uso no Brasil como para exportação, principalmente, para a Argentina e o Uruguai. Mesmo as bolas sendo produzidas no Brasil a camada mais pobre da população não tinham condições de comprá-las e continuavam usando pelotas feitas de meias enchidas: com papel, com palhas de café ou outros produtos leves. As bolas produzidas pelos sapateiros brasileiros eram de boa qualidade, porém, o grande problema aparecia em jogos com chuva, pois o couro encharcava e ficavam demasiadamente pesadas. Entretanto, com o tempo, a bola, foi passando por grandes transformações e com o desenvolvimento da tecnologia ela foi atingindo uma qualidade cada vez melhor.
 Atualmente, a bola é produzida com material sintético e isso faz com que ela tenha um melhor desempenho nos chutes, maior durabilidade e resistência. Graças a essa tecnologia temos bolas que conseguem ficar esférica do começo ao final do jogo. As regras atuais do futebol exigem que a bola seja esférica, com envolto exterior de couro ou material apropriado, deve ter uma circunferência máxima de 70 cm e mínima de 68 cm, seu peso deve ser de 450 gramas no máximo e 410 gramas no mínimo, por fim com uma pressão de 0,6 a 1,1 atm ao nível do mar.
Enfim, o futebol escolheu um objeto perfeito para a sua prática, a bola, cujo formato é esférico. Este objeto além de ser importante para o bom desempenho do futebol, também, tem em seu formato uma grande importância para o estudo da Geometria Espacial.
Desde a copa mundial de 1970 o mundo do futebol começou a utilizar uma bola confeccionada com pentágonos e hexágonos. Esta estrutura poliédrica chama-se icosaedro truncado, e é constituída de 12 faces pentagonais e 20 faces hexagonais.


Avaliação
Diagnóstica, estabelecendo  uma relação dialógica entre professor e alunos. Contínua e Formativa, levando em consideração a participação e o envolvimento na produção e realização das atividades.

Recuperação
Diagnosticadas as habilidades não atingidas, apoio e atenção às necessidades individuais.

Considerações Finais
Esperamos que essa proposta venha contribuir de forma concreta para o processo de ensino-aprendizagem, em especial espaços e formas, em situações do  cotidiano e identificação da simetria axial e que possa favorecer o desenvolvimento intelectual e social dos envolvidos no processo educacional.

Referência Bibliográfica  
·         Cadernos do Professor e do Aluno 6º.ano Volume 3, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo;
·         Geometria Espacial, disponível em: <http://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/pde/kleber-geometria-espacial.pdf>
·         Imagens animadas: disponível em: <http://www.veraviana.net/arquimedianos.html>