Minhas expectativas são para que todos nós possamos superar esse desafio e sair mais fortes, mais humanos, com mudanças reais de valores,
conscientes de que não é possível viver sem o "outro", ignorando as desigualdades sociais, relembrando a base da humanidade que é: "Amar a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo".
Como enfrentar um episódio como o que estamos vivendo agora,
como compreender o "novo normal",
Café filosófico com o historiador Leandro Karnal: epidemias, a história e o novo normal:
"Neste mar de incertezas, vamos construir um mundo mais justo".
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Reflexões no Ensino de Ciências...
Olá colegas,
No ensino de ciências é importante ressaltar que a aprendizagem não ocorre somente pela assimilação mecânica dos conteúdos, é preciso ensinar o aluno a "pensar ciências", levar em consideração suas vivências e sua cultura, dar abertura para que possam "falar", desenvolver boas relações dialógicas, para que os alunos adquiram confiança e aprendam a argumentar, ao instigar a curiosidadade para o tema, o professor que é o mediador da aprendizagem dá abertura para isso e além de formar cidadãos críticos e conscientes, torna o ensino de ciências mais significativo.
Estudando, Novos Suportes, antigos temores: Tecnologia e Confronto de Gerações nas Práticas da Leitura e Escrita, decidi compartilhar com vocês parte dele:
..."A leitura não é um o ato solitário, mas é o encontro com muitas vozes que ecoam no texto de um escritor e que só terão oportunidade de se manifestar através do encontro marcado entre leitor e texto. A leitura é a comunhão do momento em que o indivíduo isolado se vê diante da possibilidade de reconhecer a sua inserção na história. (... ) O professor nem sempre se dá conta de que estamos diante de uma transformação dos processos de aprendizagem de leitura e escrita e da produção de conhecimento que aponta para um redimencionamento da cultura, um desafio para todos que enfrentam e partilham este momento histórico. Não se trata de usar ou não tecnologias ou de expandir antigas formas de ensino-aprendizagem, ou ter a mídia na escola como forma de amenizar o tédio do ensino, mas se trata de um modo radicalmente novo de inserção da educação nos complexos processos de comunicação na sociedade atual." Educação@pós-modernidade: ficções científicas & crônicas do cotidiano. Martin-Barbero, e Solange Jobim Souza.2003.LETRAS.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
MGME - CIÊNCIAS
Situação de Aprendizagem construída e apresentada no Núcleo Pedagógico - DER Leste 1 da SEE do Estado de São Paulo
em 09.Agosto de 2013.
Tutor: Sidney Cabral Lourenço
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Órgãos dos Sentidos
Subtema: Olfato e Paladar
Tempo: 4 aulas
Público Alvo: 9º Ano
Competência: Grupo II – Realizar Habilidade: H 06
Competências e Habilidades:
Ler e interpretar textos;
Buscar informações em artigos e relacionar os dados com o
cotidiano;
Responder perguntas de forma objetiva;
Argumentar e emitir opiniões quando solicitado;
Identificar e explicar os mecanismos básicos funcionamento do
olfato e paladar e sua relação com o sistema nervoso; .
Identificar e
reconhecer na estrutura da língua
áreas de percepção dos diferentes sabores;
Reconhecer a atuação do Olfato em conjunto com o Paladar;
Identificar, reconhecer e analisar o impacto do envelhecimento
sobre os funcionamentos dos órgãos dos sentidos;
Reconhecer as dificuldades
dos deficientes visuais que potencializam a ação dos outros órgãos do
sentido.
Estratégia (
Sondagem):
Para dar início ao conteúdo utilizar o trecho do filme Cidade dos Anjos :
Após essa etapa, o professor irá instigar o alunando à uma discussão sobre
o tema abordado no filme, onde cada um irá expor relatos conhecimentos prévios, sobre o sabor de alguns alimentos, comparando com o que observaram no vídeo em relação ao paladar.
Problematização (desafio):
O professor irá questioná-los da seguinte forma:
·Como é percebido os sabores dos alimentos na boca? Qual estrutura é
responsável por isso?
·Quais sabores são possíveis sentir na boca?
·Por que acontece a produção de saliva ao se pensar em um alimento no
qual apreciamos?
·Quando estamos resfriados, conseguimos sentir o cheiro e os sabores dos alimentos?
·Com os olhos fechados, você consegue identificar aromas e sabores?
·Você sabia que o paladar do idoso se modifica?
·Memória tem cheiro? Porque se diz “isto ou aquilo tem cheiro de infância?”
Registrar na lousa os questionamento e respostas coerentes dos alunos aproveitando-as
para elaboração de um questionário. Em seguida, iniciar uma atividade experimental
em grupo, onde os alunos irão sentir o aroma alguns alimentos e degustar outros previamente
escolhidos para identificar em qual local parte
da língua o sabor é sentido, anotar os dados em uma figura que contenha as
estruturas da língua e apontar as regiões responsáveis por cada sabor,
degustando alimentos doce, salgado,
azedo e amargo e o seu relacionamento com o sistema nervoso. O resultado dessa atividade será socializado entre os demais
grupos para que haja uma comparação dos resultados obtidos.
Podemos adivinhar o que está no forno apenas pelo cheiro que sentimos no
ar da cozinha. Esse é o sentido do olfato. Partículas saídas dos alimentos, de
líquidos, de flores, etc. chegam ao nosso nariz e se dissolvem no tecido que
reveste a região interna do teto da cavidade nasal, a mucosa olfatória.
Ali a informação é transformada, para ser conduzida, através do nervo olfatório, até o
cérebro, onde será decodificada.
A capacidade do nosso olfato é significativa. Podemos distinguir
milhares de odores diferentes e identificar substâncias que têm cheiro forte,
mesmo quando muito diluídas. Em relação ao sentido do olfato de outros animais,
o nosso não pode ser considerado um dos mais desenvolvidos. O cachorro, por
exemplo, tem o olfato muito mais apurado.
Paladar
Mesmo com os olhos vendados e o nariz tapado, somos capazes de
identificar um alimento que é colocado dentro de nossa boca. Esse sentido é o
paladar. Partículas se desprendem do alimento e se dissolvem na nossa boca,
onde a informação é transformada para ser conduzida até o cérebro, que vai
decodificá-la. Os seres humanos distinguem as sensações de doce, salgado, azedo e
amargo
através das papilas
gustativas, situadas nas diferentes regiões da língua.
Para sentirmos os
diferentes sabores, os grupamentos atômicos dos alimentos são dissolvidos pela
água existente em nossa boca e estimulam nossos receptores gustativos
existentes nas papilas.
Atuação do olfato em conjunto com o paladar
Quando mastigamos uma goiaba, também sentimos o cheiro que ela exala.
Isso ocorre porque as partículas da substância que compõe a fruta – a essência
– são captadas pelo sentido olfativo. O fato que podemos detectar pelo olfato a
essência da fruta nos possibilita identificar o sabor da goiaba. É pelo olfato
que identificamos os sabores específicos, por exemplo, da pêra e da goiaba,
mesmo ambas sendo doces. Quando ficamos gripados, podemos constatar a atuação
conjunta do olfato e do paladar. Um dos sintomas da gripe ou do resfriado é a
produção de muito muco pelo nariz. Isso dificulta a circulação de ar (que
carrega as partículas das substâncias) pela cavidade nasal. O ar não chega as
células olfativas, prejudicando a percepção dos cheiros. Nessas ocasiões temos
a percepção de que os alimentos, até os mais saborosos, perderam o gosto.
A partir dos 60 anos, é comum ocorrer no idoso uma diminuição na capacidade de perceber gostos doces e salgados dos alimentos, enquanto os sabores ácidos e amargos se mantêm inalterados. "Isso acontece devido à atrofia das papilas gustativas que são responsáveis pelo paladar", diz o geriatra Roberto Dischinger, responsável pelo residencial para a terceira idade Lar Sant'ana. Outro fator que também pode alterar o paladar é o uso de certos medicamentos. O especialista afirma que é esse é o motivo porque os idosos tendem a acrescentar mais sal ou açúcar aos alimentos. "Uma alternativa é acrescentar temperos naturais aos pratos, tais como alho, cebola, cheiro verde, orégano e manjericão, que realçam o sabor dos alimentos e eliminam essa dificuldade", afirma a nutricionista Flavia Medeiros Leite, coordenadora do Programa Crescer e parte da equipe multidisciplinar do Lar Sant'ana. "É importante também que o momento da refeição seja atrativo, com pratos variados e balanceados, pois com a diminuição do paladar o idoso tende a diminuir a ingestão de alimentos, podendo ficar com um quadro de desnutrição”.
Sistematização:
Nesta etapa, socializar resultados possibilitando a aprendizagem
significativa.
Avaliação:
A avaliação deve ser realizada durante todo o processo de forma
contínua, levando em consideração os registros das aulas, o desempenho,
participação individual e coletiva e a capacidade de organização dos mesmos ao
apresentarem conclusões, bem como a argumentação e construção dos textos na
resolução do questionário e conclusão do experimento.
Referências Bibliográficas:
São Paulo. Secretaria da Educação. Currículo de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 2011.
Relato da Profa. Mariana Barbosa ao Fórum do MGME - Ciências 2013, a respeito de suas experiências com a leitura e escrita:
Minhas experiências com
leitura e escrita se deram ainda quando muito criança, meus pais faziam
leituras de livros infantis dos quais fui crescendo e tomando o gosto. Certas
histórias me são relevantes ainda nos dias de hoje onde lembro que foi assim
que tudo começou e sinto a necessidade de despertar esse mesmo interesse nos
alunos. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, gostava muito de ler e contar
histórias, não esqueço de um trabalho
onde a professora nos sugeriu a leitura do livro "Meu pé de laranja
lima" e que a partir deste tivemos que discutir sobre o livro, foi muito
interessante e cada dos alunos teve a oportunidade de expor seu ponto de vista
sobre o livro. Tive a oportunidade estudar em uma escola onde tinha uma
biblioteca com um grande acervo de livros e o mais importante,
o incentivo a leitura, e acredito que nos alunos tenham que ser de
maneira semelhante para que se sintam despertadas para adquirir o hábito de ler
e escrever, levando em consideração a tecnologia que temos disponível nos dias
de hoje trazendo as suas inovações ao nosso favor , pois não temos como fugir
disso, nossos alunos já nascem incluídos num mundo tecnológico.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Experiências com a Leitura e Escrita que ficaram na memória...
O Cheiro de Livros me fascina...
Passei minha vida inteira rodeada de livros, leio tudo o que cai em minhas mãos, até bula de remédio. Este gosto pela leitura e escrita herdei do meu pai, filho de imigrante espanhol, que para driblar as dificuldades com a língua portuguesa e a pouca escolaridade, “devorava” tudo o que lhe caía às mãos, livros, jornais, folhetos, mas sua paixão eram os poemas e passou sua vida inteira declamando, declamando, poemas estes que de tanto ouvi-los, muitos eu guardo e sei decor. Aprendi a ler e escrever aos 5 anos de idade, com a cartilha “Caminho Suave” observando minha mãe ensinar minha irmã mais velha que estava na 1ª.série e que por dificuldades com a pronúncia de sílabas complexas, via-se obrigada a repetir muitas vezes a mesma leitura, o mesmo aconteceu com a tabuada. Também com meu pai, aprendi técnicas de oratória e passei então a declamar em reuniões familiares, festinhas de escola, igreja e outros locais inusitados, fiz isto até a adolescência, quando me tornei tímida, nesta época tinha um diário desses com cadeado e um caderno de poesias onde ensaiava algumas próprias e escrevia minhas preferidas, como a de Rui Barbosa:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se
os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra,
e ter vergonha de ser honesto.”
Os livros marcaram cada fase da minha vida, aos 12 anos, O Pequeno Príncipe, aos 18, Feliz Ano Velho de Marcelo Rubens Paiva e muitos do Sidnei Sheldon, quando meus meninos eram pequenos, lemos em família, parágrafo por parágrafo de Júlio Verne, Viagem ao Centro da Terra, a partir daí vieram os de Içami Tiba, Zíbia Gasparetto, Zélia Gattai, Jorge Amado, Paulo Coelho e muitos outros. Nunca me preocupei se são ou não os mais vendidos, leio o que me indicam há pouco tempo terminei de ler , O Último Templário de Raymond Khoury.
A importância de questões no desenvolvimento do conhecimento científico em sala de aula tornou-se uma abordagem importante no ensino de Ciências, particularmente por promover uma contextualização do conceito a ser aprendido.
Olá pessoal,
Leciono
há alguns poucos anos, quando me deparei com a realidade de uma sala de aula, confesso que fiquei muito assustada com o desinteresse e a falta de
compromisso dos alunos, na tentativa de fugir das tão somente “cópias”, comecei
a instigar os alunos com questionamentos do cotidiano, forçando-os a
pensar, “falar” e argumentar sobre suas experiências, para a partir daí lançar
o conteúdo, com leitura e interpretação de texto, levantamento de dados,
elaboração de sínteses, fichamentos e questionários. Esta introdução desperta o
interesse e deixa as aulas mais dinâmicas e rica em relatos, podendo-se
trabalhar com questões ambientais, de saúde e sociais, com a história e textos
científicos, sempre pensando na que faixa destinada, pois estes
textos não podem ser muito longos.
No início deste ano, os nonos anos
foram ao Catavento Cultural e o Nano Mundo chamou a atenção da maioria
deles, passamos a analisar o texto “A Revolução do Minúsculo” que trata sobre
Nanotecnologia, após a leitura foram destacados o vocabulário para pesquisa, a
partir daí, o texto foi dividido e grupos passaram a produzir a síntese de cada
parte e depois socializado na forma de seminário.
O texto “Leitura e Escrita nas aulas de
Ciências, de Patricia Montanari Giraldi (2010)”, nos faz refletir sobre as
várias formas de transmitirmos os conteúdos desta disciplina e que
não importam como são abordados, seja através de textos científicos, livros
didáticos ou paradidáticos ou ainda discursos ou textos livres, mas sim,
como os alunos são conduzidos a construir à aprendizagem, o
professor deve organizar as sequências didáticas, estimular a curiosidade e a
criatividade, incentivar pesquisas e relatos sobre suas experiências, enfim,
criar possibilidades para que seus alunos possam desenvolver as competências da
leitura, escrita além da análise, interpretação e compreensão do texto de forma
crítica e autonoma.
“A aprendizagem só é possível se o sujeito se mobilizar e for motivado a aprender.” CHARLOT (2005)
Um abraço
a todos.
Marilda Ordonhes
MGME - Melhor Gestão Melhor Ensino Formação de Professores de Ciências - 2013 Este blog foi criado para atender aos objetivos do Curso de Formação de Professores, promovido pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo, MGME - Melhor Gestão Melhor Ensino de Ciências, que faz parte do Programa Educação Compromisso de São Paulo.