terça-feira, 25 de junho de 2013

A grande biblioteca virtual


Este é o momento de refletirmos sobre o ato da leitura.Cada um de nós é formado pelas experiências que adquire ao longo da vida, inclusive as de leitura e escrita.Alguns livros nos marcam tanto que ficam para sempre guardados em nosso espírito. De cada um deles restam uma impressão e uma memória.Veja o que escreveu o jornalista Fernando Bonassi sobre o assunto.


FERNANDO BONASSI

O que dizer por todos esses livros no zoológico das estantes?
Livros são animais sexuados: livros são metidos, livros são gestados, livros são paridos. Livros crescem, como meninos. Livros sangram, como meninas. Livros infantis com ideias de aprendiz. Livros de aventura pra estimular a travessura. Livros de iniciação pras pessoas em formação. Todo livro é um livro da vida (mesmo os livros de contabilidade, que são livros de dívidas). Livros de poesia controlam a azia. Livros de História fortalecem a memória. Livros de viagem aperfeiçoam a paisagem. Livros de religião aumentam a devoção. Livros de química servem pra misturar. Livros de teste, pra confundir. Livros de lógica, pra entender. Livros didáticos, pra explicar. Livros revolucionários são livros vermelhos espetados no ar. Livres pra reclamar, livros de arrepiar!
Mas... com quantos livros se faz uma pessoa?
Livros de tabuada pra conta calculada. Livros de autoajuda praquilo que não muda. Livros de lazer pra quem tem muito o que fazer. Livros de direito pra homens de respeito. Livro de reza quando a coisa pesa. Livros em liquidação para leitores sem condição. Livros de oratória, livros de ortografia, livros de culinária, livros de psicologia. Livros em orgia. Livros pornográficos levados pra cama. Livros de etiqueta pra pôr a mesa. Livros sádicos. Livros trágicos. Livros míticos. Livros pro alimento do espírito e dos editores. Livros pra vaidade dos escritores. Livros especiais. Livros espaciais. Livros de colecionadores. Livros de informática são livros de computador. Livros de condolências são livros cheios de dor. Livros ensinam a ler. Livros pro humor. Livros pra quem quiser ver. Livros loucos pra saber. Livros com ilustração auxiliam a compreensão. Livros beijados, livros mordidos. Livros apalpados, livros espremidos. Livros lambidos como frutos escorridos. Livros embebidos. Livros embevecidos. Livros abraçados como casais apaixonados. Livros são romances cultivados. São feridas, são repastos. Livros passados de mão em mão, como boas biscas. Livros de arte. Livros de artistas. Páginas arrancadas sem vergonha, livros fumados com maconha. Livros de piada. Sacos de risada. Palavras cruzadas e frases alinhavadas. Livros depenados. Livros invocados. Livros em conflito. Páginas de livros processados em juízo. Livros censurados. Livros permissivos. Os livros das sopas, os livros dos sonhos, o livro dos molhos. Livros molhados nos clubes de livros. Livros de ocorrência. Livros policiais. Livros de referência. Livros originais. Livro pra orientação num universo em expansão. Livros equivocados. Livros inquisitivos. Livros engavetados. Livros recolhidos. Livros esmagados nos ônibus lotados. Livros encoxados, livros encolhidos. Livros espalhados por baixo dos estrados. Livros deflorados. Livros chacoalhados. Livros escondidos. Livros arremessados nos divórcios acalorados. Livros feito espadas. Livros como escudos. Livros que berram e livros que são mudos. O pior livro de cego é aquele que não quer se ler. Livros na ponta da língua. Livros com a ponta dos dedos. Livros engrossam, como rapazes. Livros melhoram, como mulheres. Livros murchos, livros sujos, livros finos. Livros como manda o figurino. Livros de moda. Livros em falta. Livros de sobra. Livros que cheiram bem e livros que cheiram mal (livros de renúncia fiscal). Livros roubados. Livros comprados. Livros vendidos. Árvores de livros abatidos. Livros de cabeceria. A fertilidade dos livros de madeira. Livros exibidos como corpos oferecidos. Livros safados. Livros falados. Livros sorvidos. Livros conservadores nas gavetas dos doutores. Livros emocionais pra cólicas menstruais. Livros de regime. Livros de política. Livros de ótica. Livros de crítica. Livros diários são livros crônicos, são livros cômicos, são livros tônicos. Dicionários de livros explicados. Raciocínios apalavrados. Teses de mestrado. Bolsas de livros financiados. Tomos, tombos, citações. Parágrafos, capítulos, correções. Publicações, polêmicas, opiniões. Livros importados. Livros transportados. Livros traduzidos. Livros encomendados, livros encarecidos. Livros encardenados como faraós embalsamados. Livros aposentados. Livros comentando livros. Livros lavrados em cartórios hereditários. Livros aplicados e homens especializados. Diplomas de livros emparedados. Livros emparelhados. Bibliotecas de livros amontoados. Sebos empoeirados. Livros decorados são livros encruados são livros mal comidos. Livros devorados por vermes aculturados. Livros bichados. Livros suados. Livros vencidos. Caixas e caixas de livros caixa. Arquivos mortos em pandemônio, as fortunas dos livros de patrimônio. Livros de capas trocadas, capas disfarçadas, capas ofensivas. Livros de capas ousadas. Capas proibidas. Os livros contra capas. Os lidos pelas costas. Livros sádicos, livros cínicos, livros mágicos. Livros lívidos, livros épicos, livros bíblicos. Livros lidos como vícios. Livros de sacrifícios. Todo homem é um livro aberto. Todo livro acha que é certo. Escreveu, não leu, continua sendo livro.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2503200321.htm>
Acesso em: 25/06/2013.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Aula Prática  - Poliedros

PLANO DE AULA

Tema Poliedros  - Icosaedro Truncado  e Dodecaedro
Bloco TemáticoEspaços e Formas
Público-Alvo -   9º.ano
Tempo Estimado:  3 aulas
Docentes: Elis Regina Fontes e Marilda Ordonhes
Coordenação Pedagógica: Enilton Luiz dos Santos
Unidade Escolar: E.E.Irene Branco da Silva - DE Leste 1


Justificativa 
Os poliedros são formas geométricas espaciais que apresentam todas as faces planas. São consideradas espaciais por apresentarem três dimensões (comprimento, largura e altura). Essas formas espaciais estão presentes no mundo a nossa volta e são estudados pela matemática através da geometria. Eles possuem características e propriedades muito importantes para sua compreensão. 
            O Icosaedro Truncado tem o formato de uma bola de futebol,  é um sólido de Arquimedes, obtido por truncatura sobre os vértices do Icosaedro. Tem 12 faces pentagonais regulares,  20 hexagonais regulares, 60 vértices e 90 arestas. Foi escolhido, por estarmos recebendo a Copa das Confederações em nosso país e também nos preparando para receber a Copa do Mundo, além de ser há muitos anos um dos brinquedos mais vendidos é a  paixão entre crianças e adultos.
            O mais harmonioso e soberano dos sólidos Platônicos é o dodecaedro que, segundo Platão, representa o Universo ou o Cosmos. É constituído por doze pentágonos e não se divide em outros poliedros regulares. Possui 30 arestas, 20 vértices e 12 faces pentagonais. 

Objetivos
Estudar Geometria formas planas e espaciais, relacionando o tema com o cotidiano e despertar o interesse em observar o meio relacionando-o com a matemática.

Competência: Grupo I – Observar

Habilidades: H16, H18 e H20

Conteúdo 
ü  Aula expositiva abordando elementos de um poliedro Vértice, Face e Aresta e o   reconhecimento dos sólidos geométricos planificados Hexágono e Pentágono;
ü       Problematização prática.

Estratégias  Construção de dois sólidos geométricos (dodecaedro e icosaedro truncado (bola de futebol).

Recursos 
ü  Texto com a narrativa A Bola de Futebol;
ü  Cópia de modelos de figuras geométricas planas;
ü  Cópia do modelo planificado do icosaedro truncado;
ü  Cópia do modelo planificado do dodecaedro;
ü  Tesoura, régua, cola branca, papel color set e carbono.

Desenvolvimento –
Narrativa: A bola de futebol
O que seria do futebol sem a bola? Quem nunca chutou uma bola de papel ou de meia nos corredores da casa, na rua ou da escola? Será que a bola de futebol sempre foi essa beleza que, geralmente, vemos nos campeonatos? Afinal, o que é a bola? O formato da bola sempre foi esférico. Entretanto, nem sempre conseguiram deixá-la com esse formato, no início as bolas eram trazidas da Europa, elas consistiam em uma amarração de couro, com um buraco, para introduzir uma câmara de ar inflável, que posteriormente, era costurado com um cordão que não era muito confortável, principalmente, quando o jogador tinha de cabeceá-la. Em pouco tempo os sapateiros brasileiros começaram a produzir bolas, tanto para uso no Brasil como para exportação, principalmente, para a Argentina e o Uruguai. Mesmo as bolas sendo produzidas no Brasil a camada mais pobre da população não tinham condições de comprá-las e continuavam usando pelotas feitas de meias enchidas: com papel, com palhas de café ou outros produtos leves. As bolas produzidas pelos sapateiros brasileiros eram de boa qualidade, porém, o grande problema aparecia em jogos com chuva, pois o couro encharcava e ficavam demasiadamente pesadas. Entretanto, com o tempo, a bola, foi passando por grandes transformações e com o desenvolvimento da tecnologia ela foi atingindo uma qualidade cada vez melhor.
 Atualmente, a bola é produzida com material sintético e isso faz com que ela tenha um melhor desempenho nos chutes, maior durabilidade e resistência. Graças a essa tecnologia temos bolas que conseguem ficar esférica do começo ao final do jogo. As regras atuais do futebol exigem que a bola seja esférica, com envolto exterior de couro ou material apropriado, deve ter uma circunferência máxima de 70 cm e mínima de 68 cm, seu peso deve ser de 450 gramas no máximo e 410 gramas no mínimo, por fim com uma pressão de 0,6 a 1,1 atm ao nível do mar.
Enfim, o futebol escolheu um objeto perfeito para a sua prática, a bola, cujo formato é esférico. Este objeto além de ser importante para o bom desempenho do futebol, também, tem em seu formato uma grande importância para o estudo da Geometria Espacial.
Desde a copa mundial de 1970 o mundo do futebol começou a utilizar uma bola confeccionada com pentágonos e hexágonos. Esta estrutura poliédrica chama-se icosaedro truncado, e é constituída de 12 faces pentagonais e 20 faces hexagonais.


Avaliação
Diagnóstica, estabelecendo  uma relação dialógica entre professor e alunos. Contínua e Formativa, levando em consideração a participação e o envolvimento na produção e realização das atividades.

Recuperação
Diagnosticadas as habilidades não atingidas, apoio e atenção às necessidades individuais.

Considerações Finais
Esperamos que essa proposta venha contribuir de forma concreta para o processo de ensino-aprendizagem, em especial espaços e formas, em situações do  cotidiano e identificação da simetria axial e que possa favorecer o desenvolvimento intelectual e social dos envolvidos no processo educacional.

Referência Bibliográfica  
·         Cadernos do Professor e do Aluno 6º.ano Volume 3, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo;
·         Geometria Espacial, disponível em: <http://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/pde/kleber-geometria-espacial.pdf>
·         Imagens animadas: disponível em: <http://www.veraviana.net/arquimedianos.html>























quinta-feira, 20 de junho de 2013

Plano de Aula Coletivo

As competências leitora e escritora, importantes no processo ensino aprendizagem, desenvolvem o raciocínio lógico, estimulam o pensar e comunicar-se matematicamente, formular hipóteses e interagir em grupo colaborativamente, representar, organizar, produzir informações e resultados, promovendo a autoconfiança e a criticidade.

Tema I:   Frações
Bloco Temático: Números

Público Alvo : Séries Finais - 6º ano

Tempo Estimado:  3 aulas

Justificativa: Ampliar a noção de números e o universo das operações para além dos Naturais.

 Objetivos:  Tornar concreto o conceito de frações como representação da parte de um todo, como processos de medidas, relacionadas com  diferentes situações do cotidiano.

Competências e Habilidades:
GRUPO I - Observar
H04 - Representar medidas não inteiras utilizando frações
H08 - Compreender a relação entre as representações fracionária e decimal de um número.

Recursos: 
  • Data show, tesoura, cola, cartolina ou color set color set coloridos,  EVA coloridos, lápis, régua, borracha, lápis de cor.

Um Pouco da História:   Descobrindo a Fração

Por volta do ano 3.000 a.C., um antigo faraó de nome Sesóstris...
“... repartiu o solo do Egito às margens do rio Nilo entre seus habitantes. Se o rio levava qualquer parte do lote de um homem, o faraó mandava funcionários examinarem e determinarem por medida
a extensão exata da perda.”
Estas palavras foram escritas pelo historiador grego Heródoto, há cerca de 2.300 anos.
O rio Nilo atravessa uma vasta planície.
Uma vez por ano, na época das cheias, as águas do Nilo sobem muitos metros acima de seu leito normal, inundando uma vasta região ao longo de suas margens. Quando as águas baixam, deixam descobertas uma estreita faixa de terras férteis, prontas para o cultivo.
Desde a Antiguidade, as águas do Nilo fertilizam os campos, beneficiando a agricultura do Egito. Foi nas terras férteis do vale deste rio que se desenvolveu a civilização egípcia.
Cada metro de terra era precioso e tinha de ser muito bem cuidado.

Sesóstris repartiu estas preciosas terras entre uns poucos agricultores privilegiados.
Todos os anos, durante o mês de junho, o nível das águas do Nilo começava a subir. Era o início da inundação, que durava até setembro.
Ao avançar sobre as margens, o rio derrubava as cercas de pedra que cada agricultor usava par marcar os limites do terreno de cada agricultor.
Usavam cordas para fazer a medição. Havia uma unidade de medida assinada na própria corda. As pessoas encarregadas de medir esticavam a corda e verificavam quantas vezes aquela unidade de medida estava contida nos lados do terreno. Daí,
serem conhecidas como estiradores de cordas.
No entanto, por mais adequada que fosse a unidade de medida escolhida, dificilmente cabia um número inteiro de vezes no lados do terreno.
Foi por essa razão que os egípcios criaram um novo tipo de número: o número fracionário.
Para representar os números fracionários, usavam frações.

As complicadas frações egípcias

Os egípcios interpretavam a fração somente como uma parte da unidade. Por isso, utilizavam apenas as frações unitárias, isto é, com numerador igual a 1.
Para escrever as frações unitárias, colocavam um sinal oval alongado sobre o denominador. As outras frações eram expressas através de uma soma de frações de numerador 1.
Os egípcios não colocavam o sinal de adição - + - entre as frações, porque os símbolos das operações ainda não tinham sido inventados.
No sistema de numeração egípcio, os símbolos repetiam-se com muita freqüência. Por isso, tanto os cálculos com números inteiros quanto aqueles que envolviam números fracionários eram muito complicados.
Assim como os egípcios, outros povos também criaram o seu próprio sistema de numeração. Porém, na hora de efetuar os cálculos, em qualquer um dos sistemas empregados, as pessoas sempre esbarravam em alguma dificuldade.

Desenvolvimento:
  •  Apresentação do vídeo:

Frações da fruta – Lições animadas de matemática                   (http://www.youtube.com/watch?v=J3-bqEdgWiM ).

Conteúdo:
  • Aula expositiva , problematização e prática.

Estratégia:
  •  Recorte de barrinhas   e círculos em cartolina;
  • Construção e montagem de um dominó de frações a partir de um modelo;

 Avaliação:
Diagnóstica, estabelecendo  uma relação dialógica entre professor e alunos.
Contínua e Formativa, levando em consideração a participação e o envolvimento na produção e realização das atividades.

 Recuperação: 
Diagnosticadas as habilidades não atingidas, reajuste de planos de ação;
Contínua, adaptada as necessidades individuais, com revisão de conceitos e conteúdos e resolução de exercícios.

 Considerações Finais: 
As expectativas de aprendizagem referem-se a tornar o aluno capaz de usar as frações para representar medidas não inteiras e ter a noção de equivalência de frações, que reconheça e identifique  o significado dos termos, numerador, denominador, inteiro, terços, décimos e avos.

 Referência Bibliográfica:
. Cadernos do Professor e do Aluno 6º.ano Volume 1, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo;
. Livro Didático -  Matemática na Medida Certa -  Marilia Centurión e José Jakubovic, Editora Scipione.
. Wikipédia Enciclopédia Livre – disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Fra%C3%A7%C3%A3o>

Anexo:
Modelo de Dominó de Frações:
                                                 Fonte: (matematicamuitolegal.blogspot.com)

Plano de Aula Elaborado por:
Carolina Nepomuceno
Marilda Ordonhes
Suzete  Hernandez Alamo

Curso - Melhor Gestão Melhor Ensino - Matemática

EFAP – ESCOLA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES
“Paulo Renato Costa Souza”

O futuro da sociedade está nas crianças e adolescentes de hoje e muito importante nessa fase da vida, é a educação. Pensando nisso e elaborando melhorias no processo de ensino dos alunos brasileiros, o Governo do Estado de São Paulo, juntamente à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, iniciou o “Melhor Gestão Melhor Ensino.”

Unidades de Trabalho:  Criação de Perfil - Redes Sociais/Profissionais
                                    Experiências com a Leitura e Escrita
                                    O Uso de Tecnologias - Criação de um Blog
                                    A História da Matemática
                                    Narrativas Para Ensinar Matemática
                                    Planos de Aula

Depoimento sobre experiências com a leitura e a palavra escrita


O Cheiro de Livros me fascina...

Passei minha vida inteira rodeada de livros, leio tudo o que cai em minhas mãos, até bula de remédio. Este gosto pela leitura e escrita herdei do meu pai, filho de imigrante espanhol, que para driblar as dificuldades com a língua portuguesa e a pouca escolaridade, “devorava” tudo o que lhe caía às mãos, livros, jornais, folhetos, mas sua paixão eram os poemas e passou sua vida inteira declamando, declamando, poemas  estes que de tanto ouvi-los, muitos eu guardo e sei decor. Aprendi a ler e escrever aos 5 anos de idade, com a cartilha “Caminho Suave” observando minha mãe ensinar minha irmã mais velha que estava na 1ª.série e que por dificuldades  com a pronúncia de sílabas complexas, via-se obrigada a repetir muitas vezes a mesma leitura, o mesmo aconteceu com a tabuada. Também com meu pai, aprendi técnicas de oratória e passei então a declamar em reuniões familiares, festinhas de escola, igreja e outros locais inusitados, fiz isto até a adolescência, quando me tornei tímida, nesta época tinha um diário desses com cadeado e um caderno de poesias onde ensaiava algumas próprias e escrevia minhas preferidas, como a de Rui Barbosa:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra,
e ter vergonha de ser honesto.”
Os livros marcaram cada fase da minha vida, aos 12 anos, O Pequeno Príncipe, aos 18, Feliz Ano Velho de Marcelo Rubens Paiva e muitos do Sidnei Sheldon, quando meus meninos eram pequenos, lemos em família, parágrafo por parágrafo de Júlio Verne, Viagem ao Centro da Terra, a partir daí vieram os de Içami Tiba, Zíbia Gasparetto, Zélia Gattai, Jorge Amado, Paulo Coelho e muitos outros. Nunca me preocupei se são ou não os mais vendidos, leio o que me indicam. 
Atualmente, estou lendo O Último Templário de Raymond Khoury.